PERÍCIA MÉDICA DO INSS: NÃO CONSEGUI PASSAR, O QUE DEVO FAZER?

Quando envolverem casos de benefícios por incapacidade, auxílio doença ou aposentadoria por invalidez, será necessária a perícia médica do INSS. Então o que deve ser feito caso você não consiga passar na perícia?

Quando falamos de perícia médica, nada mais é que uma avaliação para confirmar se você não possui a capacidade de exercer suas atividades para fins econômicos por causa da doença ou acidente.

Vale lembrar que existem alguns benefícios que é necessário realizar a avaliação da condição física e mental, sendo o caso das pessoas com deficiência, podendo incidir a realização da perícia médica no instituto da previdência.

O que seria a perícia médica do INSS?

Quando um trabalhador se encontra incapacitado para o trabalho, e o mesmo contribui para a previdência Social (RGPS), ou ele está no período de graça, tem o direito de receber os benefícios do INSS.

Pois bem, para ter a confirmação da capacidade ou não deste trabalhador em desempenhar sua atividade laboral, é necessário realizar uma avaliação médica, neste caso será feita pelo médico – perito do INSS.

O perito, realizara uma análise e avaliar os danos causados pela doença ou acidente se for o caso e, verificará se são a real causa da inaptidão do trabalhador ao exercício da sua atividade.

Deve ser feito em uma perícia médica alguns questionamentos sobre o trabalho, e em quais condições são submetidos o trabalhador periciado, e deve ser colocado sob observação se estas condições agravam ou não a saúde deste trabalhador.

A perícia médica é necessária quando o trabalhador solicita os seguintes benefícios:

  • BPC/LOAS – Benefício de Prestação Continuada;
  • Auxílio Doença;
  • Auxílio Acidente;
  • Aposentadoria por Incapacidade;
  • Aposentadoria da pessoa com deficiência.

Quando cumprido os requisitos necessários, como a carência, deve ser feito junto ao INSS o agendamento da perícia, os canais para isso é pelo telefone 135, ou via internet pelo portal do MEU INSS.

Com o agendamento da perícia realizado, deverá o trabalhador no dia da sua perícia, levar os documentos necessários sendo eles os laudos e exames médicos.

Com base nestas etapas, o médico – perito do INSS, irá analisar como está o estado de saúde do trabalhador e a sua capacidade física e mental para o exercício do seu trabalho. Com base nesta análise que o perito realizar é que irá nortear seu afastamento ou não do trabalho.

Possibilidade de reprovação na perícia existe?

Para conhecimento de muitos, é importante salientar que não existe nenhum benefício por doença, e sim pela incapacidade que o trabalhador tem ocasionado por alguma doença.

Sendo assim, o benefício somente será liberado se for comprovado efetivamente que a doença impossibilita o trabalhador de exercer seu serviço.

Além desta informação que é necessária tem o conhecimento, o trabalhador deve comprovar que contribuiu para a Previdência Social pelo período mínimo que seja para que possa ter o enquadramento ao benefício, chamamos este período de carência.

Portanto, na esmagadora maioria dos benefícios por incapacidade que são negados, decorrentes de uma não comprovação efetiva de que o trabalhador não podia exercer mais suas funções laborais.

O que fazer quando não passar na perícia?

Ninguém espera que será reprovado em uma perícia, mas é bastante comum disso acontecer. Na verdade, a esmagadora maioria dos benefícios por incapacidade pelo INSS são negados, por não cumprir algum dos requisitos necessários.

Entretanto, é plenamente possível que o INSS erre na sua decisão.

Quando isso acontece, existem dois caminhos a serem seguidos pelo segurado do INSS que busca seu benefício.

Recurso ao próprio INSS

Quando há uma negativa do pedido de benefício, abre a possibilidade de ser realizado o recurso, que será encaminhado e analisado ao próprio INSS.

No entanto antes de ingressar com um recurso administrativo, o segurado do INSS, pode plenamente solicitar um pedido de reconsideração ao INSS, que nada mais é que realizar uma nova avaliação médica com outro médico – perito do INSS. O pedido de reconsideração somente poderá ser feito para os casos de auxílio doença.

Sendo novamente negado sua solicitação, agora você poderá ingressar com um recurso administrativo pelo prazo de até 30 dias após o resultado da sua reconsideração.

Agora falando diretamente do recurso, você pode realiza-lo assim que seu beneficio for negado em razão da perícia ou ainda após seu pedido de reconsideração ter sido negado. O prazo é de 30 dias.

Poderá ser realizado o recurso pelo portal MEU INSS. No recurso tem a possibilidade de anexar todos os documentos que julgar necessário para comprovar e dar mais base para seu recurso.

É obrigatório a presença de um advogado?

Não é obrigatório. Porém para que seu caso seja realmente analisado e tenha o resultado da sua perícia revertido, é essencial um profissional especializado para te ajudar e trilhar juntos um caminho de sucesso.

Feito o recurso administrativo, e ainda sim não conseguiu o benefício, é possível ingressar na justiça? Sim! O juiz deverá analisar de uma forma mais detalhada e o trabalhador aumentará suas chances de ganho.

Processo na justiça

O trabalhador que buscar a aprovação de seu benefício, e for negado por meio de uma perícia técnica, a partir deste momento já pode entrar com uma ação judicial, sem realizar o recurso administrativo e tampouco o pedido de reconsideração.

Quando ingressado com o processo, será agendado uma nova perícia, porém o médico -perito será alguém de confiança do juiz. Inclusive é bem comum verificarmos que a decisão do perito nomeado pelo juiz, seja bem diferente do médico do INSS.

Deste modo, grande parte dos benefício pagos pela Previdência somente foram liberados pelo meio judicial.

Sendo assim, realizada a perícia médica, e demonstrado em processo judicial que o segurado possui todos os requisitos necessários para ter o benefício aprovado, o juiz determina ao INSS que libere o pedido.

Uma informação importante, além do benefício, o agora aposentado ou beneficiário terá direito aos valores atrasados desde à época em que seu benefício foi negado ou cancelado de forma ilegal.

É preciso um advogado?

A presença de um advogado não é obrigatória. Mas, é essencial para que você consiga seu benefício nos dias atuais.

Isto porque com a presença de um especialista na área previdenciária, a margem para erros e irregularidades diminuem consideravelmente, não sendo cometidas injustiças. Embora seja permitido que o trabalhador, segurado possam buscar sozinhos o seu direito ao benefício, chegará em um determinado momento que é indispensável a presença de alguém que entenda mais das técnicas e que tenha um conhecimento mais aprofundado das leis previdenciárias.

Por isso é essencial a presença de um advogado que entenda realmente seu caso e lhe ajude. Por este motivo nosso escritório se coloca à disposição para lhe auxiliar em todas e quaisquer questões que seu caso possa apresentar.

Gostou destas informações, não deixe de compartilhar com alguém que você saiba que necessite saber. Além disso siga-nos nas redes sociais para ficar sempre atualizado de todas as informações sobre a previdência social.

Este artigo possui caráter meramente informativo.

Contato (17) 3651-1300 / (17) 99623-5952

Gostou? Compartlhe:

Não deixe de conferir

Destaques

Como Identificar e Contestar Juros Abusivos em Contratos Bancários

Você sabia que muitos consumidores estão pagando juros abusivos sem saber? Contratos bancários podem conter taxas acima do permitido por lei, onerando desnecessariamente o consumidor. Neste artigo, vamos mostrar como identificar práticas abusivas, proteger seus direitos e, se necessário, contestar os valores cobrados indevidamente. O que são Juros Abusivos? Juros abusivos são aqueles aplicados acima das taxas médias de mercado, ou que desrespeitam os limites estabelecidos pelo Banco Central e pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Essas taxas podem aparecer em contratos de empréstimos, financiamentos e até cartões de crédito, tornando as parcelas muito mais altas do que deveriam. Dados Relevantes: • O Banco Central publica regularmente as taxas médias do mercado financeiro. Qualquer taxa muito acima dessas médias pode ser considerada abusiva. • Segundo o CDC, contratos com cláusulas excessivamente onerosas para o consumidor podem ser revistos judicialmente. Como Identificar Juros Abusivos no Seu Contrato? Verifique a Taxa de Juros Média no Mercado Consulte o site do Banco Central para comparar as taxas aplicadas no seu contrato com a média de mercado. Se os valores estiverem muito acima, é um sinal de prática abusiva. Dica: Acesse aqui para mais informações. Calcule o Custo Efetivo Total (CET) O CET inclui todos os custos do financiamento, como juros, tarifas e seguros. Deve estar informado claramente no contrato. Exemplo: Se o CET não estiver especificado ou for desproporcional ao mercado, há um indício de irregularidade. Procure Sinais de Cláusulas Abusivas Taxas ocultas ou não explicadas claramente. Multas por atraso superiores a 2%. Condições de “venda casada”, como exigir seguros para liberar o empréstimo. Quais São os Seus Direitos? Código de Defesa do Consumidor (CDC) O CDC protege o consumidor contra práticas abusivas. Artigos como o 39 (que proíbe práticas desleais) e o 51 (que anula cláusulas abusivas) são ferramentas legais importantes. Direito à Transparência Você tem direito a receber todas as informações de forma clara e completa antes de assinar qualquer contrato. Revisão de Contratos É possível solicitar a revisão de contratos que contenham cláusulas abusivas. Em alguns casos, isso pode levar à redução significativa do valor das parcelas. Juros abusivos são mais comuns do que imaginamos, mas você não precisa aceitá-los. Identificar práticas abusivas, conhecer seus direitos e buscar orientação jurídica são passos fundamentais para proteger sua saúde financeira. Se você precisa de ajuda para revisar seus contratos, conte com a Mingati Advogados. Estamos prontos para garantir que seus direitos sejam respeitados. Maiores Informações

Ver mais

Revisão de Contratos Bancários: O que Procurar em Empréstimos e Financiamentos para Evitar Cláusulas Abusivas

A revisão de contratos bancários é uma etapa essencial para quem deseja evitar surpresas desagradáveis em empréstimos, financiamentos e cartões de crédito. Com o crescimento de cláusulas abusivas aplicadas em contratos financeiros, entender como fazer essa análise se torna cada vez mais importante. Neste artigo, explicamos os principais pontos que você deve verificar em um contrato bancário, como identificar abusos e como proceder para corrigir injustiças. O que é a Revisão de Contratos Bancários e Por Que Ela é Importante? A revisão de contratos bancários é uma análise detalhada do documento para identificar cláusulas que possam prejudicar o consumidor, muitas vezes sem que ele perceba. Esse tipo de revisão visa garantir que as condições de pagamento, taxas de juros e encargos adicionais sejam justos e estejam de acordo com a legislação. A revisão é especialmente importante para evitar cláusulas abusivas que, em muitos casos, encarecem o contrato sem justificativa. Principais Cláusulas Abusivas em Contratos Bancários Existem algumas cláusulas abusivas comuns em contratos de empréstimos e financiamentos que os consumidores devem estar atentos: Juros Abusivos • Uma das práticas mais comuns é a aplicação de juros acima do permitido pelo Banco Central. Contratos com taxas excessivas pode ser revisado para que o consumidor pague apenas o que é justo. Taxas e Encargos Adicionais Ocultos • Muitas vezes, o contrato inclui taxas e encargos que não são claramente informados no momento da assinatura. Esses custos adicionais encarecem a dívida e podem ser considerados abusivos. Venda Casada • Essa prática ocorre quando o banco condiciona a concessão de um empréstimo ou financiamento à contratação de outro serviço, como seguros. No Brasil, a venda casada é ilegal e pode ser contestada judicialmente. Multas Excessivas • Alguns contratos impõem multas desproporcionais em casos de atraso, o que também caracteriza uma cláusula abusiva. A legislação estabelece um limite de 2% para multas por inadimplência. Como Fazer a Revisão do Seu Contrato Bancário Para garantir uma análise completa e assertiva, siga estes passos: Leia Todo o Contrato • Apesar de ser tentador pular as letrinhas miúdas, é importante ler o contrato completo para entender todas as condições impostas. Mingati Advogados orienta a atentar-se a detalhes como taxas de juros, prazos, multas e encargos. Compare as Taxas com a Média do Mercado • Consulte o Banco Central para verificar se as taxas de juros do seu contrato estão de acordo com a média praticada no mercado. Caso identifique valores acima da média, é possível questionar a taxa aplicada. Procure Cláusulas sobre Encargos e Multas • Cláusulas que falam sobre encargos adicionais e multas devem ser verificadas para identificar possíveis abusos. Se o contrato incluir cobranças fora do padrão, isso pode ser considerado abusivo. Considere a Ajuda de um Advogado Especialista • A análise de contratos pode ser complexa, e contar com a orientação de um advogado especializado em direito bancário pode facilitar a identificação de cláusulas abusivas e ajudar em uma contestação formal, se necessário. Como Proceder em Caso de Cláusulas Abusivas Se você identificou alguma cláusula abusiva em seu contrato, é possível adotar as seguintes medidas: Negociação com o Banco • Em muitos casos, uma conversa direta com a instituição financeira pode resolver o problema sem a necessidade de intervenção judicial. Solicite uma revisão do contrato e proponha condições mais justas. Registro no PROCON • O PROCON é o órgão responsável por fiscalizar abusos nas relações de consumo. Ao registrar uma reclamação, você pode pressionar o banco a revisar o contrato. Ação Judicial • Caso a negociação e o PROCON não resolvam o problema, ingressar com uma ação judicial pode ser o caminho para corrigir cláusulas abusivas e, em alguns casos, obter a restituição de valores pagos indevidamente. A revisão de contratos bancários é uma ferramenta importante para garantir que você pague apenas o que é justo em empréstimos e financiamentos. Cláusulas abusivas são mais comuns do que imaginamos, mas com a devida atenção e apoio de um especialista, é possível proteger seus direitos e evitar prejuízos. Se você precisa de orientação para revisar seu contrato, a Mingati Advogados está à disposição para ajudar em cada etapa do processo, oferecendo suporte especializado e defesa dos seus direitos. Para mais informações sobre como revisar contratos bancários e proteger seus direitos, consulte o nosso site https://mingatiadvogados.com.br/advogado-direito-bancario/ ou entre em contato com a equipe da Mingati Advogados.

Ver mais

Auxílio BPC/LOAS Autismo: Como Funciona e Quem Tem Direito

O Auxílio BPC/LOAS para autismo é uma importante ajuda financeira para famílias que precisam de apoio para lidar com as despesas de cuidados de uma pessoa com autismo. Esse benefício, garantido pelo Governo Federal, busca assegurar condições mínimas de sobrevivência para pessoas com deficiência e de baixa renda. O que é o Auxílio BPC/LOAS? O Benefício de Prestação Continuada (BPC), conhecido como LOAS, é para pessoas com deficiência, que tenha autismo e idosos com mais de 65 anos que possuem baixa renda. A principal vantagem desse benefício é assegurar uma renda de um salário mínimo mensal para ajudar nas despesas e cuidados necessários. No caso do autismo, o benefício reconhece a condição como uma deficiência que requer apoio e acompanhamento constante. Quem Tem Direito ao BPC/LOAS para Autismo? Para receber o auxilio BPC/LOAS de Autismo, precisa atender a dois critérios principais: Condição de Deficiência: O autismo se considera ser uma deficiência para poder receber o beneficio. É necessário comprovar a condição com laudos médicos e relatórios detalhados. Critério de Baixa Renda: A renda familiar precisa ser igual ou inferior a um quarto do salário mínimo por pessoa. Documentos Necessários para Solicitação do Auxílio Para dar entrada no pedido precisa reunir todos os documentos exigidos pelo INSS. Aqui está uma lista básica: Documentos pessoais: RG e CPF do solicitante e dos membros da família. Comprovante de residência atualizado. Laudo médico com o diagnóstico de autismo, preferencialmente com informações detalhadas sobre o nível de necessidade de cuidados e o grau de dependência. Comprovantes de renda de todos os membros da família, para avaliação do critério de baixa renda. Dificuldades Comuns e Como Superá-las A falta de informação sobre o benefício é um dos principais obstáculos que as famílias enfrentam. Muitas vezes, a documentação é enviada incompleta, ou a comprovação da deficiência não é considerada suficiente. É importante buscar orientação para garantir que tudo esteja em ordem e que o processo corra da melhor forma possível. Dicas para Aumentar as Chances de Aprovação Laudos Médicos Completo: Certifique-se de que o laudo médico está completo e atualizado, descrevendo as necessidades específicas do autista. Documentos Financeiros: Inclua comprovantes detalhados da renda familiar para evitar problemas com o critério de baixa renda. Apoio Profissional: O acompanhamento de um advogado pode ajudar a simplificar o processo e aumentar as chances de aprovação. O Auxílio BPC/LOAS para autismo é um direito garantido que pode fazer a diferença na vida das famílias que necessitam de apoio financeiro para cuidar de um familiar com autismo. Se você precisa de ajuda para entender melhor o processo, entre em contato com a Mingati Advogados. Nossa equipe está pronta para orientar e apoiar cada etapa da solicitação, garantindo que você esteja amparado e seguro na busca por esse benefício.

Ver mais

Deixe seu contato, nós ligamos para você

Atendimento via WhatsApp
(17) 99623-6952

Contato